Alguma vez um sonho seu foi tomando forma sem que você notasse?
Você dá um primeiro passo sem muita fé, insiste por um tempo ainda incrédulo e quando olha pra trás enxerga um história acontecendo bem debaixo do seu nariz.
Isso não te dá um gás?
A gente as vezes tem a mania de acreditar mais nos sonhos alheios, parece tão mais simples incentivá-los. Observar um talento de alguém e enxergar um futuro naquilo. Mas quando falamos de nós sempre falta fé.
Há três anos atrás eu escrevi meu primeiro texto neste blog. Deus do céu como era ruim e como as pessoas elogiavam mesmo assim. Confesso que se eu lê-lo antes de terminar esse texto eu interrompo tudo e apago o blog. Eu sentia tanta vergonha que levei meses pra postar o link no Facebook.
Aquilo parecia tão filme de sessão da tarde: Uma garota com dor de cotovelo desabafando num blog. Escritora, eu? Para gente.
Mas aí durou, olha que ironia da vida, na minha cara. E durante três anos eu coloquei numa tela o que não cabia no peito e a galera ia dando corda. Os sonhos maiores começaram a brotar, e junto com eles a incredulidade num cantinho escuro. Mas a cada texto curtido, cada pessoinha dizendo "Gostei do texto", qualquer elogio que chegasse até mim matava um pouquinho da incredulidade. E eu tô bem cansada dela na verdade.
Eu não sei se eu preciso escrever melhor pra ser de verdade uma escritora. Eu realmente não sei que posição preciso atingir pra olhar pra mim mesma com menos autocrítica. A única certeza que eu tenho é que se durou três anos é porque eu realmente devo ser boa nisso como dizem.
Eu na verdade me toquei só hoje que o blog tá fazendo aniversário, mas ironicamente ontem eu assisti um filme sobre escritores chamado
Ligados pelo amor que me fez acreditar um pouco mais no que eu faço. E eu gostaria de dividir com vocês um trecho que me chamou atenção. Um escritor com dois livros publicados, divorciado e obcecado pela ex-mulher é pai de um casal de jovens, também escritores. No lançamento do livro de sua filha ele tem a oportunidade de falar para vários jovens escritores. E ele diz o seguinte:
"Meu livro preferido é uma coletânea de contos de Raymond Carver chamado O que falamos quando falamos de amor. Nas linhas finais, Carver diz:
'Eu podia ouvir meu coração batendo. Eu podia ouvir o coração de todo mundo. Eu podia ouvir o barulho humano que fazíamos sentados lá. Nenhum de nós se moveu, nem quando o quarto escureceu.'
Acho que isso é escrever. É ouvir essa batida do coração. E quando a ouvimos é nosso trabalho decifrá-la com o melhor de nossas habilidades."
É isso o que eu tenho feito há três anos, sem perceber e sem reconhecer. E eu sou encorajada por várias pessoas a seguir firme nisso. Hoje eu decidi ouvi-los. Hoje eu comecei meu primeiro livro e eu espero muito que eu consiga terminá-lo.
Quero de verdade agradecer a todas as pessoas que caminharam até aqui comigo. Não é muita gente, mas eu queria que vocês soubessem como é importante pra mim saber que eu não tô apenas digitando pra colocar pra fora, vocês realmente vão ler. E só de saber disso eu já quero continuar. Vocês alimentam meu sonho.
Parabéns ao Blog e a todos vocês que o tornam possível.
Cláudia
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
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