Quisera eu que a falta do dinheiro fosse meu maior problema nessa nova vida. Que a rotina exaustiva e repetitiva de arrumar todas jóias no mesmo lugar, tomar o mesmo café na mesma padaria e guardar cada joia de volta no fim do dia, no mesmo horário, fosse meu maior estresse.
Algumas coisas do mundo real e da vida adulta nossos pais tentam nos explicar, alertar e até proteger. Mas ninguém pode nos proteger ou nos livrar da crueldade da vida. Todos estão sujeitos. Todos já foram vitimas um dia.
São dores necessárias, te calejam e dão força pro próximo obstáculo. Mas em certos momentos chego a pensar que algumas feridas não foram feitas pra cicatrizar. O maior problema de viver é que as vezes precisamos carregar conosco fardos que não podem ser transferidos ou simplesmente abandonados. Existem dores que surgem pra morar em nossos corações, como dizia Lucas Silveira, feridas abertas que permitem a passagem de luz, que dissipam trevas interiores. Certas dores precisam morar em nós pra sempre nos ensinar, por toda a vida. Ensinar compaixão com o próximo, ensinar que somos todos iguais, independente de classe social ou intelectual, ensinar que só chorar e reclamar nunca resolveu, ensinar que é necessário sorrir quando se quer passar o dia trancada no quarto.
Eu acredito que escrever vai ser, mais que nunca, a melhor saída nessa nova etapa da minha vida. Nesses poucos dias meus olhos viram coisas que eu me neguei durante muito tempo a enxergar, pois eu sabia que ia doer. Nesse pouco tempo percebi que é possível se sentir sozinha entre milhares de pessoas te rodeando 24 horas por dia. Aprendi que na maioria das vezes é sozinha mesmo que eu preciso seguir. Aprendi que a vida é um oceano e minha missão é encontrar ilhas pra me refugiar.
Cláudia
sexta-feira, 10 de abril de 2015
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