Faz um tempo que eu procuro não guardar mágoas das pessoas, sob nenhuma hipótese. Durante muitos anos eu sofri com mágoas que eram encubadas, volta e meia vomitadas, engolidas de novo, remoídas, por um tempo encubadas mais uma vez, levando assim a um círculo vicioso. O que eu aprendi com isso? A mágoa é metaforicamente nojenta! E literalmente prejudicial à saúde.
Hoje eu procuro ser calma e esperar o mínimo possível das pessoas, porque o passatempo favorito do ser humano é decepcionar outros seres humanos, e se eu me irrito com algo procuro rapidamente me livrar da raiva e perdoar. Aquele perdão sincero, verdadeiro, aquele que acontece antes mesmo da mágoa criar raiz no coração. E isso tem me feito muito bem, de verdade, eu recomendo.
Mas não é só perdão o meu foco hoje, o meu maior foco nesse texto é o orgulho. Porque as vezes o perdão já foi liberado, a raiva não existe e resta até um pouco de saudade, porém o orgulho atrapalha o processo de desintoxicação. Eu não posso dizer aqui que não sou orgulhosa, meus textos são verídicos, não vou mentir em nenhum deles. Mas eu geralmente uso o orgulho quando eu tenho mágoa, porque é quando nos sentimos na posição de certos (e é quando pioramos tudo). Agora, quando a mágoa já foi dissipada, eu não tenho nem orgulho e nem a necessidade de procurar. Eu simplesmente fico em paz e coloco uma pedra em tudo. O problema maior da situação é quando o outro lado não pensa como eu e se apoia no orgulho, esperando uma atitude minha.
Transformando esse meu problema em um conselho: O seu orgulho agrava a sua mágoa. A sua mágoa não passa com o tempo. A sua mágoa te traz doenças. E enquanto você sofre desnecessariamente a outra pessoa está em paz e com sentimentos bons ao seu respeito. Então vamos deixar as indiretas de Facebook que são até bonitinhas pra quem não te conhece, e vamos ser, de verdade, aquilo que mostramos nas redes sociais. Porque ninguém sabe o dia de amanhã e acho que não vai ser legal perder definitivamente uma pessoa com quem você não falava por um simples, porém destruidor, orgulho!
Cláudia
terça-feira, 30 de setembro de 2014
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