“Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o mundo terá uma geração de idiotas.” Albert Einstein
Nem preciso dizer o quanto a frase do gênio é forte e como ela definiu nosso mundo atual para que alguns comecem a refletir sobre a questão. A verdade é que sou suspeita a falar sobre o vício tecnológico, sou escrava dele e justamente por isso quero falar.
Você já se perguntou quantas horas do dia você perde no celular, criando calos nos dedos, digitando incessantemente, as vezes para alguém que nem quer de verdade ler o que você tem a dizer? Ou como o feed do Facebook é atualizado inúmeras vezes por dia e em quantas fotos você curte em poucos minutos no Intagram? E os jogos? Daqueles que te aprisionam, com hora marcada pra conquistar mais pontos, ou medalhas, que ao invés de divertir, estressam? Eu já, e foi decepcionante notar que meu Smartphone tem mais minha atenção do que minha mãe.
Não vou ser radical. A tecnologia abriu portas, mas tudo nessa vida exige um certo equilíbrio pra não ser prejudicial. A tecnologia aproxima os distantes, mas se você não moderar ela distancia os próximos. E não falando apenas de pessoas, eu percebo também que a vida passa enquanto nos limitamos dizer em 140 caracteres que não gostamos do almoço da segunda-feira.
Acumulamos muita informação, lemos sobre tudo, desde a numeração do sapato daquela cantora extravagante ao nome do novo livro do seu autor favorito. São diversos assuntos, parte deles inúteis, se misturando com aquelas que acrescentam conhecimento.
E assim as pessoas falam cada vez menos. Expressam-se cada vez mais na escrita, geralmente em redes sociais, e assim acabam por abandonar laços valiosos. Andamos distraídos de cabeça baixa na rua curtindo a foto do gato do Tinder que talvez nunca vamos conhecer e nos esquecemos até mesmo de olhar a lua que está cheia há uns dois dias, mas nem notamos.
A tecnologia favoreceu o ser humano em vários aspectos, mas não podemos de forma alguma deixar que ela ultrapasse as nossas relações com o mundo real, com o vizinho que deu bom dia quando você estava com o fone de ouvido, e nem com sua mãe que está tentando conversar com você enquanto você escreve um texto pro blog, rs.
Cláudia
segunda-feira, 13 de outubro de 2014